domingo, 8 de março de 2009

Compre 1. Leve 2.


Parte 1.

Eu sou adepta daquele velho clichê "Todo dia é dia das mães. É dia dos pais. Da avó. Do avô. Da tia. Do papagaio. Periquito azul da crista laranja. E blá bla blá."

Ser mulher é uma tarefa díficil. Não digo só das tpms e carregar filho na barriga. Eu digo de lutar todo dia pra mostrar que vócê é tão capaz de cumprir a tarefa do seu colega de trabalho. De acordar todo dia as 5e30 da manhã, dar café pras crianças, arrumar as crianças, separar a roupa do marido, levar as crianças no colégio, ir pro trabalho, fazer a feira, buscar as crianças, levar pra natação, das ordens pra empregada, buscar as crianças de novo, e todo mundo sabe isso de cor e saltiado.

Eu acho que ter um dia especial só pra mostrar isso, um trabalho que deveria ser reconhecido todos os dias, é baboseira. Desculpa pro comércio ganhar dinheiro e pro marido levar a mulher num restaurante bom.

É lógico que eu, menina formosa, devo muito respeita àquelas que foram queimadas numa fábrica porque estavam trancafiadas para ter que trabalhar mais, ou ainda àquelas que queimaram seus amados sutiãs, colocaram calças compridas (isso eu não concordo okay? eu podia viver de saia todos os dias. Mas tudo bem, eu reconheço.).

Mas nunca esqueça o velho clichê, todo dia é dia das mulheres, das mães, e do periquito azul de crista laranja. E demontre o seu respeito por esse ser que veio de marte.



Parte 2.
Grande parte da minha depressão (okay eu não estou depressiva, mas eu sou drama queen), é porque eu estou brava. Brava todos os dias. Da hora que eu acordo a hora que eu vou dormir. Por não fazer o que eu gosto. Por não ter a coragem de ir atrás do que eu gosto. Porque a pessoa que eu confio muda de assunto quando eu tento desabafar. Porque o menino que eu gosto mora do outro lado do continente. Porque eu nunca recebi o pedido de desculpa. Porque todos os dias eu penso em desistir. Porque eu ando com a minha cabeça baixa. Porque eu não tenho vontade de sorrir.

Mas eu tenho coisas boas na minha vida. Amigas que me fazem rir. Amigo que tenta me convencer a alargar minha orelha em casa. Outro que quer desafogar as mágoas afogadas. Risadas e cumplicidade pela web em plena madrugada. Uma viagem pra me lembrar de algumas coisas importantes que eu aprendi na vida. E por essas coisas boas eu vou tentar deixar um pouco a braveza de lado, e viver de acordo com esse post: http://www.fotolog.com/dhe/44681747

Eu sei que a gente é o que reflete. E ultimamente eu tenho sido um péssimo espelho. Eu estou cansada de reclamar e cansada de esperar que tudo seja do meu jeito. Então amanhã eu vou acordar um pouco menos brava, e um pouco mais agradecida das coisas que eu tenho.

Mas a nuvem negra ainda está aqui, e vai demorar um pouco pra ir. Mas a gente já está se despedindo.

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